Israel enviou neste domingo (13) um comando para a Faixa de Gaza e advertiu aos moradores da região norte do território, controlado pelo movimento islamita palestino Hamas, que realizará grandes bombardeios.
Um comando da Marinha israelense desembarcou durante a madrugada em uma praia de Gaza para atacar uma plataforma de lançamento de foguetes.
Um comando da Marinha israelense desembarcou durante a madrugada em uma praia de Gaza para atacar uma plataforma de lançamento de foguetes.
O braço militar do Hamas, as Brigadas Ezedin al-Qasam, confirmaram tiroteios intensos com 'soldados da Marinha sionista' que tentavam penetrar na zona noroeste do território."A missão aconteceu da maneira correta", informou um porta-voz militar, que anunciou um balanço de quatro soldados levemente feridos.
Esta é a primeira incursão terrestre do exército israelense desde o início da ofensiva aérea, na terça-feira, para destruir a capacidade de ataque do Hamas.
No sábado (12) à noite, a aviação israelense realizou 20 ataques, o que eleva a 1.329 o número de ações desde o início da operação.
No total, os ataques israelenses deixaram 165 mortos e mais de 1.000 feridos desde terça-feira, segundo fontes médicas. De acordo com a ONU, 70% das vítimas são civis e 21% menores de idade.
Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento. A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. A operação, chamada "cerca de proteção", tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz israelense.
Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos disparos lançados contra seu território. Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012
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